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terça-feira, 10 de maio de 2011

Não deixe a neblina impedi-lo de enxergar

Hoje estava sentada, e destraída esperando um ônibus, estava frio, muito frio, um vento forte que parecia entrar na alma cada vez que batia, cada suspiro que dava formava-se uma fumaça em minha frente, a famosa fumaça que costumamos fazer quando estamos no inverno, que quando éramos pequenos sopravámos dizendo que era cigarro, lembrei da minha infância, como era gostoso inventar, imaginar, criar!
Estava tão frio, que nunca tinha sentido nada antes. Tinha tanta neblina no céu que não dava para enxergar nada do que se tinha em minha frente ou atrás, apenas no meio em que me encontrava, era pertubador. Era difícil de se enxergar o que se aproximava, eu sentia medo, apenas quando chegava bem perto que via nitidamente o objeto ou pessoa, era difícil até de se ler o nome do ônibus, aliás, o mais difícil, o que mais precisava forçar a minha mente!
Sabe o que tive que fazer pra poder enxergar o nome: destino do ônibus ? Tive que encarar a neblina, e atravessá-la, além da neblina, tive que encarar o medo, a insegurança, o bloqueio que tinha diante dela, aos poucos fui entrando em uma fumaça branca, e quando percebi já estava totalmente dentro dela, quando eu olhei pra trás já não conseguia enxergar o lugar que estava antes, mas pude passar daquela neblina e enxergar o que se tinha em minha frente, sem neblina, sem fumaça. Atravessei com medo, mas atravessei, e o novo ponto que estava já não tinha medo nem insegurança, e já conseguia enxergar as coisas que se aproximavam de mim.
Eu percebi que na vida acontece a mesma coisa, as vezes é preciso encarar a neblina de frente, é preciso encarar seus medos, suas inseguranças, sua falta de fé, é preciso encarar todas as neblinas que aparecem nas nossas vidas, e pensar que atravesando essas neblinas, lá na frente já poderemos enxergar melhor, sem precisar sentir esses sentimentos negativos que não são construtivos para nós. A neblina é apenas um bloqueio, e somos nós que criamos ele, quando já estamos lá na frente e olhamos pra trás percebemos o quanto valeu a pena, que foi preciso ter força e coragem, fé! Muitas das vezes temos medo de nunca mais sair da neblina e se encararmos ela de frente nunca mais sairemos dela, mas isso é errado, se ficarmos no mesmo lugar, com medo, com insegurança esses sentimentos só vão piorar ao passar dos dias, estamos tão preocupados com o ''ver'' que esquecemos do presente, cada vez que estamos pensando assim, estamos perdendo tempo. Então faça valer a pena, apartir de hoje, apartir de ontem.
Cada vez que você se move, para se autoajudar, que seja uma pequena atitude, um pensamento diferente, tudo passa a ser diferente na sua vida.
Hoje concordei com a frase ''Não é suficiente entender. É preciso aprender. E aprender é repetir até ser capaz de fazer por si mesmo. Não deixe a neblina impedi-lo de enxergar.''Vou levar pra sempre isso comigo!
Thais Lima

Fotografia: Luna Kimura

3 comentários:

  1. Lindo post! Realmente, o medo de nao saber o que esta alem do que conseguimos ver, as vezes se torna um obstaculo bem maior do que ele `e verdadeiramente. Amei, continue nos inspirando!
    Ah, e tenho um selinho p vc em meu blog, que estou repassando, ganhei do Blog Pensamentos Complexos: http://1.bp.blogspot.com/-NKUdxcbBlYY/TctEP1bkm8I/AAAAAAAAAbU/RiCzxLQjKAs/s1600/erika%255B1%255D.JPG

    Grande beijo!
    Luiza

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Gostei Thais.
    Na verdade as pessoas receiam muito o medo.
    Alguns chegam a falar: "Eu tenho medo de sentir medo."

    Todo mundo sente medo.
    Na verdade o medo é uma das emoções mais importantes do ser humano.
    Ele é o filho mais velho do nosso instinto instinto de conservação da vida.
    Isto é, o medo nos ajuda a não nos sujeitarmos a situações que possam nos causar perigo, nos trazer riscos, etc.

    Ou seja, ele é indispensável.

    Todavia, o medo útil é completamente diferente do medo irracional, que paralisa as nossas ações, que nos faz temer situações comuns e naturais da vida, etc.

    É só termos a sabedoria de não nos colocarmos em nenhum dos extremos e sim no meio, o caminho do equilíbrio.

    Um beijo!

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